sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Faltam 8!

Amanhã tem Vasco e Flamengo no Maracanã.
Não sei se vou ao campo, mas o certo é que dou sorte. Acho que vi no estádio a apenas uma derrota. A grande maioria foi de vitórias. Talvez umas sete, no Rio e em Manaus (onde vi um jogão em 96, junto com meus pai e irmão!).
E do início dos anos 90, quando comecei a acompanhar futebol com regularidade, foram certamente mais vitórias. Faltam apenas 8 jogos para que empatemos os números do duelo. Lembro que até a década de 70 (início dela), o Vascão contou com vantagem. Nas décadas de 40 e 50, foi um verdadeiro vareio com a atuação do grande Expresso da Vitória e as formações que o sucederam.
Depois, vieram as décadas de 70 e 80, e a coisa mudou de lado!
Mas logo viraremos o jogo!
E acho que o jogo de domingo é nosso!
Vascooooo!!!

somos todos Preedys?

"A união de Preedy e o mar! Havia vários rituais possíveis. O primeiro consistia no passeio que virara corrida e mergulho direto na água, suavizando-se depois num 'crawl' enérgico e sem salpicos em diração ao horizonte. Mas, é claro, não realmente para o horizonte. De súbito, ele se viraria de costas e levantaria grandes salpicos brancos com as pernas, de certo modo demonstrando assim que poderia ter nadado até mais longe se quisesse, e em seguida ficaria em pé por um pouco fora da água para todos verem quem era.
A outra linha de ação era mais simples, evitava o impacto da água fria e o risco de parecer animado demais. A questão cifrava-se em demonstrar estar tão habituado ao mar, o Mediterrâneo e a esta praia em particular, que tanto poderia estar no mar como fora dele. Consistia numa lenta caminhada e na descida até a beira d'água - nem mesmo notando que os pés estavam molhados, uma vez que, terra e água, tudo era igual para ele! - com os olhos no céu, examinando gravemente os presságios do tempo, invisíveis para os outros ( Preedy pescador local)" ( Samson, William citado por Goffman em seu "A representação do eu na vida cotidiana")

Entender a vida social como cenário: uma das possibilidades! Somos atores? Mas há algo por trás de nossas máscaras, um eu específico e secreto? Algo que una todos os papéis sociais sob um mesmo signo?
Penso que sim! Mas, como se sabe, eu sou eu: não domino todos os scripts.
Talvez o João da Ega real fosse mais enérgico e apontasse a verdade.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

07 de setembro

Há 185 anos, deixávamos de fazer parte do antigo Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Muita coisa mudou de lá pra cá. De uma população de um pouco menos de 4 milhões de habitantes, passamos para outra já pomposa de quase 190 milhões de almas. Somos mais em quantidade, e o Brasil desde a independência já contribuiu para a humanidade com originalidade em várias dimensões das artes, comportamento e vida social.
Mas o que ficou daqueles tempos? Certamente, continuamos a viver numa sociedade segregada entre brancos e negros. Outras variáveis fazem parte desse caldo de coisas, mas a segmentação social encontra raízes nas diferenças étnicas. Tanto os descendentes de índios quanto de negros ainda não são atendidos pelo Estado brasileiro como o são os brancos.
Restaram nossos nomes portugueses, ó pá! Joãos, Manuéis, Joaquins, Thiagos, Andrés, Marcellas, Floras, Sebastiões continuam entre nós. Ficaram, por conta de ondas migratórias do período e de outros momentos, as lembranças de nossos avós, bisavós, e nossos sobrenomes.
Ficou também a burocracia carregadíssima cheia de nobreza da tradição ibérica.
Acho que ainda somos um pouco uma terra que se tornou um imenso Portugal!
Ah, e ficou o Vasco , grande clube que carrega a cruz, símbolo dos descobrimentos e da coragem lusitana!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

ser assim ou ser assado (mesmo)


Entendam a razão de eu ter medo de morar no meio de uma floresta distante lá no alto da última montanha antes do céu, embora isso cheire à alegria e liberdade:


"Embora nesse estado (o civil), o ser humano se prive de muitas vantagens que frui da natureza, ganha outras de igual monta: suas faculdades se exercem e se desenvolvem, suas idéias se alargam, seus sentimentos se enobrecem, toda a sua alma se eleva a tal ponto que, se os abusos dessa nova condição não o degradassem freqüentemente a uma condição inferior àquela de onde saiu, deveria, sem cessar, bendizer o instante feliz que dela o arrancou para sempre e fez, de um animal estúpido e limitado, um ser inteligente e um homem."

(citação do "Contrato social" do genebrino Jean-Jacques Rousseau)