terça-feira, 6 de março de 2007

existência enquanto sonho de outrem

"Numa alvorada sem pássaros, o mago viu cingir-se contra os muros o incêndio concêntrico. Por um instante, pensou refugiar-se nas águas, mas depois compreendeu que a morte vinha coroar sua velhice e absolvê-lo de seus trabalhos. Caminhou contra as línguas de fogo. Estas não morderam sua carne, estas o acariciaram e inundaram sem calor e sem combustão. Com alívio, com humilhação, com terror, compreendeu que ele também era uma aparência, que outro o estava sonhando." (Borges, Jorge Luis. As ruínas circulares in Ficções)

É , eu sei. A realidade é dura. O que se vai fazer? Ainda acredito que as relativizações podem ser importantes...

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