sábado, 13 de janeiro de 2007
distorções jornalísticas (26/09/2006)
Ontem, assisti a um programa na televisão que reuniu o historiador e atual coordenador da campanha de Lula à reeleição Marco Aurélio Garcia e o filósofo da USP José Arthur Gianotti. Os dois foram convocados para abordarem o atual quadro político brasileiro. O debate foi certamente interessante por tornar claro a oposição entre as idéias dos dois, inclusive porque se Garcia é formalmente ligado ao PT, Gianotti é identificado por todos como que ligado ao PSDB.Pois é, o programa transcorria normalmente até que o Gianotti citou uma pesquisa do Ibope apresentada pelo jornal “Estado de São Paulo” como argumento que apontaria a razão pela qual o Brasil andaria tendo como governantes figuras com pouca ou nenhum apreço pela tal ética na política. O azar dele foi que o Franklin Martins, âncora do debate, também havia lido tal matéria, assim como tinha tido acesso aos números da pesquisa. Tinha, inclusive, escrito sobre a disparidade entre os números da pesquisa e o teor da matéria em sua coluna no Portal da IG. (Tal coluna se encontra aqui: www.franklinmartins.com.br/post.php?titulo-na-reta-final-e-preciso-cuidado-para-nao-se-envenenar-o-pais)Na verdade, os números não indicam nenhuma grande diferença de reprovação a políticos corruptos quando se leva em conta diferenças regionais, sociais , econômicas. Acontece que o Estado de São Paulo quis publicar isso, à revelia da pesquisa que contratara. E o Gianotti também!Esse é um dos exemplos da distorção que a mídia pode trazer à realidade que intenta observar. Outro caso vai sendo revelado aos poucos: o dinheiro supostamente ilegal, raiz da tentativa de criminalizar a compra de um dossiê por petistas, vai se mostrando legal.
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